10.11.07

Notícias do encontro sobre “A VIVÊNCIA DO LUTO NAS DIVERSAS COMUNIDADES RELIGIOSAS”

ACONTECEU

Porque neste universo do LUTO, existem todas as confissões religiosas, e também, quem não tenha fé como ajuda, um grupo de 4 mães, com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras, decidiu avançar com a realização de um Colóquio no dia 13 de Outubro, com o tema “A VIVÊNCIA DO LUTO NAS DIVERSAS COMUNIDADES RELIGIOSAS”. Este colóquio visou obter dados que permitissem esclarecer as formas como as diversas confissões religiosas encaram e promovem o apoio no LUTO em geral, e, em particular, na morte dos filhos.

Confrontados com o sofrimento dos outros, somos muitas vezes impelidos a fugir, pois a ameaça do sofrimento perturba a nossa existência e põe em causa os nossos princípios ou valores.

A morte de um filho é e será sempre uma situação contranatura. Os filhos nunca deveriam partir antes dos pais, nunca!
O choque, a paralisia emotiva. Parecemos anestesiados, não conseguimos assimilar a realidade da perda. A negação do que aconteceu. E uma tristeza infinita que nos absorve na totalidade. Dilacera-nos interiormente

Porquê e como?

Somos quatro mães que temos em comum a perda de um filho. Porque compreendemos e sentimos a dor, a revolta, o sofrimento, a descrença e a necessidade de nos agarrarmos a “algo”, porque nos perguntamos constantemente “porquê o nosso filho?” Que Deus é este que nos castiga desta maneira? Perguntas e perguntas que nunca têm resposta,

Decidimos tentar encontrar algumas respostas na perspectiva das comunidades religiosas para a perda, e ouvir o que as comunidades Israelita, Católica, Islâmica e a União de Budistas nos têm a dizer sobre a morte, o luto e o caminho que seguem no apoio aos seus crentes.

A Câmara Municipal de Oeiras deu voz às nossas preocupações.
O Colóquio realizou-se no Centro de Apoio Social das Forças Armadas em Oeiras, cuja direcção nos cedeu gratuitamente o espaço. Foi acompanhado por uma banca de livros sobre a temática organizada pela Associação a Nossa Âncora e pela Isabel Pais, assim como uma exposição de pintura coordenada pela professora Claudine. Um grupo de Évora esteve também presente com alguns quadros.

Artigo publicado num jornal local e elaborado por Cecília Caldeira